sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Os sobreviventes da Guerra

Por influencia do meu pai e do meu irmão, sempre fui meio fascinada por tudo relacionado a I e II Guerra Mundial. Meu pai é colecionador das revistas Seleções antigas. Sempre cheias de histórias de coragem, de estratégias e de amor e caridade em meio a guerra.
Gostava de ver filmes assim, sempre observando a conduta dos civis. Ficava me imaginando como reagiria se eu estivesse em meio a guerra pq eu sentia que isso ia acontecer comigo um dia. E vai saber, com esse mundo de hoje, talvez até ocorra (bate na madeira)
Li esse livro uns anos atras, história da uma sobrevivente do holocausto, muito interessante e muito real.


Hoje eu lembrei, particularmente, de um trecho onde a Janina Bauman descreve que chegou um ponto, quando eles moraram já no Gueto, em que as pessoas perderam a humanidade em busca da sobrevivência. Quando ver corpos pelo chão, quando o tiro e a morte rodeiam, quando vc não ajuda um faminto pq nao tem como vc mesmo se alimentar, vc perde um pouco da sua humanidade e isso é triste.

Pois bem. Vencida a batalha do Eric, me sinto ainda perdida e machucada. Não nessa proporção, mas acho que os "efeitos da minha guerra" me foram um pouco devastadores.

Ano passado eu fui a secretaria de Educação pedir uma professora de apoio especializado para o Eric.
Eu não vou descrever em detalhes toda a minha luta, tudo o que fizeram para me atrapalhar, o quanto trombei com maldade no caminho e não faço pq esse blog é público, mas posso dizer com certeza que tudo isso me fez MAL, MUITO MAL.

Por mais feliz que eu esteja por hoje, quase 9 meses depois, ter finalmente conseguido uma professora de apoio especializado, a verdade é que meu coração está tão pesado e sujo. Me sinto exausta.

Eu senti muiiiiiiiiiiiita raiva das pessoas. Tive ódio, quis me vingar de quem me atrapalhou, quis expor a incompetência alheia.

Me senti exposta ao ter que brigar, me senti humilhada ao ter que ameaçar. Me machuquei, me perdi, enlouqueci.

A MINHA culpa da história é que eu não me fortaleci espiritualmente como deveria. Não mantive minha leitura das escrituras, não me ajoelhei com a frequencia que deveria. 
Deixei a raiva tomar conta de mim, perdi a fé.

Ninguém sai ileso de uma guerra, seja qual for.

Minha luta agora é saber como não perder, não só minha humanidade, mas minha NATUREZA DIVINA em meio a ela.

PRECISO APRENDER A PERDOAR! UR-GEN-TE!!!



3 comentários:

Roberta Pavanelo disse...

Nossa Pri, fazia muito tempo que não vinha aqui... Muito mesmo.
E ao passar aqui, encontro esse post... Sincero, com força e o qual me identifico. Parece que estou com vc, e estamos conversando sobre a vida... Nos apoiando. So quero dizer que mesmo distante prima, continuo amando você e te admirando muito. Não desista dessa guerra. Você mesma já deu a resposta de como vence-la... bj, deia

Ingrid disse...

Sinto muito por você estar passando por todos esses sentimentos, Pri. Vou orar pra que você sinta paz.
Amo você!

Phoenix Luz-Costa disse...

nao sou boa com palavras como voce, mas parece que senti tudo o que voce descreveu. nao tenho palavras para expressar o quanto te admiro por tudo o que voce eh e toda a sua natureza divina. Voce continuara sempre em meus pensamentos e oracoes; eu sinto muito pelos bombardeios os quais voce teve que fazer parte e todas as lesoes que isso te causou, mas sei que voce conseguira se levantar e vencer toda essa guerra, dia apos dia. Te amo!