Por influencia do meu pai e do meu irmão, sempre fui meio fascinada por tudo relacionado a I e II Guerra Mundial. Meu pai é colecionador das revistas Seleções antigas. Sempre cheias de histórias de coragem, de estratégias e de amor e caridade em meio a guerra.
Gostava de ver filmes assim, sempre observando a conduta dos civis. Ficava me imaginando como reagiria se eu estivesse em meio a guerra pq eu sentia que isso ia acontecer comigo um dia. E vai saber, com esse mundo de hoje, talvez até ocorra (bate na madeira)
Li esse livro uns anos atras, história da uma sobrevivente do holocausto, muito interessante e muito real.
Hoje eu lembrei, particularmente, de um trecho onde a Janina Bauman descreve que chegou um ponto, quando eles moraram já no Gueto, em que as pessoas perderam a humanidade em busca da sobrevivência. Quando ver corpos pelo chão, quando o tiro e a morte rodeiam, quando vc não ajuda um faminto pq nao tem como vc mesmo se alimentar, vc perde um pouco da sua humanidade e isso é triste.
Pois bem. Vencida a batalha do Eric, me sinto ainda perdida e machucada. Não nessa proporção, mas acho que os "efeitos da minha guerra" me foram um pouco devastadores.
Ano passado eu fui a secretaria de Educação pedir uma professora de apoio especializado para o Eric.
Eu não vou descrever em detalhes toda a minha luta, tudo o que fizeram para me atrapalhar, o quanto trombei com maldade no caminho e não faço pq esse blog é público, mas posso dizer com certeza que tudo isso me fez MAL, MUITO MAL.
Por mais feliz que eu esteja por hoje, quase 9 meses depois, ter finalmente conseguido uma professora de apoio especializado, a verdade é que meu coração está tão pesado e sujo. Me sinto exausta.
Eu senti muiiiiiiiiiiiita raiva das pessoas. Tive ódio, quis me vingar de quem me atrapalhou, quis expor a incompetência alheia.
Me senti exposta ao ter que brigar, me senti humilhada ao ter que ameaçar. Me machuquei, me perdi, enlouqueci.
A MINHA culpa da história é que eu não me fortaleci espiritualmente como deveria. Não mantive minha leitura das escrituras, não me ajoelhei com a frequencia que deveria.
Deixei a raiva tomar conta de mim, perdi a fé.
Ninguém sai ileso de uma guerra, seja qual for.
Minha luta agora é saber como não perder, não só minha humanidade, mas minha NATUREZA DIVINA em meio a ela.
PRECISO APRENDER A PERDOAR! UR-GEN-TE!!!
3 comentários:
Nossa Pri, fazia muito tempo que não vinha aqui... Muito mesmo.
E ao passar aqui, encontro esse post... Sincero, com força e o qual me identifico. Parece que estou com vc, e estamos conversando sobre a vida... Nos apoiando. So quero dizer que mesmo distante prima, continuo amando você e te admirando muito. Não desista dessa guerra. Você mesma já deu a resposta de como vence-la... bj, deia
Sinto muito por você estar passando por todos esses sentimentos, Pri. Vou orar pra que você sinta paz.
Amo você!
nao sou boa com palavras como voce, mas parece que senti tudo o que voce descreveu. nao tenho palavras para expressar o quanto te admiro por tudo o que voce eh e toda a sua natureza divina. Voce continuara sempre em meus pensamentos e oracoes; eu sinto muito pelos bombardeios os quais voce teve que fazer parte e todas as lesoes que isso te causou, mas sei que voce conseguira se levantar e vencer toda essa guerra, dia apos dia. Te amo!
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